Dicotomia...
Onde partes em busca do teu sossego... desses gritos mudos
que te assolam a alma e afagam o peito... desse silencio
insurdecedor... dessa aplasia crónica onde teu ser navega e se perde...
onde eu busco por ti... e em tua ansia encontro tua explendura...
Juntos, de mão dada, combatemos essa tua mágoa que nunca entendeste
bem o porquê de a teres... levo-te em mim... no meu peito... cortamos o
ar, desafiamos o destino... sem rumo é certo mas confiantes do que
queremos e desejamos... o bem estar... a calma... o eterno nós que nunca
existiu nem talvez existirá...
A comoção de uma lágrima tua que percorre teu rosto e meu polegar que
o seca... meu forte abraço te envolve... meu coração parco em palavras
adorna o teu.... em um cachecol meu cheiro para ti o é... sou todo teu
mas nunca minha serás...
Dicotomia de um sujeito ou predicado... envolves-me em teu olhar qual
chama de fogo que se um dia se tornar em relação recíproca nada mais
será que um forte amor... Sujeito a ti, sujeito a toda esta vivência e
sonho..
Predicado de um verbo, de um balbuciar, acarinhar, adocicar,
alcalinizar teu sangue de tão ácido que é enquanto provo o doce e amargo
sabor de uma água qual sangue envolto em gotas que vertem de um limão
espremido e um fermento salícilico que teima em perdurar...
Com carinho te dedico meus dias, minhas palavras, meus gestos...
Minha voz doce o é para ti que tanto me és... Os gritos amargos que mudos já não são...
Sofro sem saber, rasgo céus com o nosso ardor... fogo és, amor me dás, carinho somos... Um do outro...
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